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- 09 de abril de 2014
16h30 Sala F-210 -
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Pedro Carelli
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UFPE
Sincronização
antecipada entre osciladores neurais
Sincronização
de fase entre osciladores não lineares é um tema de grande
interesse para o estudo de sistemas neurais. Em 2000 foi
proposto que dois osciladores acoplados unidirecionalmente
(mestre-escravo), onde o sistema escravo também recebe um
auto-feedback negativo atrasado temporalmente, poderiam
sincronizar em um estado chamado Sincronização Antecipada (AS)
(Voss 2000). Neste caso onde o sistema escravo antecipa o
comportamento do sistema mestre. Este resultado contra-intuitivo
se mostrou estável em diversos sistemas físicos tanto em
simulações computacionais de sistemas caóticos (Kostur et al
2005, Massoller e Zanette 2001) como em experimentos
(Sivaprakasam et al 2001, Liu et al 2002, Ciszak et al 2009).
Apesar de Voss ter especulado sobre a possível utilidade de AS
no cérebro, até recentemente não haviam quaisquer evidências
de sua ocorrência. -
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Neste seminário
discutiremos três trabalhos atuais em que abordamos a
ocorrência de AS em microcircuitos neuronais, redes de larga
escala e a interação entre AS e regras de plasticidade
sináptica.
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O primeiro desafio,
é mostrar a possibilidade de ocorrência de AS implementada por
um hardware neural, onde o feedback inibitório com delay é
substituído por um loop inibitório envolvendo sinapses
químicas e um interneurônio (Matias et al PRE 2011).
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Em um segundo
trabalho, estudamos como um modelo de duas populações
corticais conectadas, exibindo AS, podem explicar resultados
experimentais de coerência, causalidade de Granger e diferença
de fase em medidas da atividade elétrica do córtex de macacos,
reportados como paradoxais na literatura (Matias et al,
submetido).
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Finalmente, a
ocorrência de AS no cérebro é particularmente interessante
sob a ótica da descoberta recente do fenômeno de
Spike-Timing-Dependent-Plasticity (STDP), onde a diferença de
tempo entre os disparos de dois neurônios conectados (pré/pós
sináptico) determina a potenciação ou depressão de sua
conexão. Neste caso, a interação entre o estado de
sincronização e regras de plasticidade (tipo STDP) podem
determinar a conectividade entre redes de neurônios (Matias et
al, em preparação).
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